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Sou um porco obsceno.

 

(Ronaldo Braga)

 

 

Luzes congelam estradas embalsamadas

nas memórias tristes das meninas mortas

e o

poeta avestruz nos festins das comadres

chora

caluniado,

por verdades agudas.

 

E instintivamente eu recuso

os porcos falantes das medusas enviuvadas

e não choro

nas noites das especulações carentes.

 

Mas fujo

das casas tristes onde a falta de luz congela

cada sorrir dos poetas.

 

E nas horas amargas

faço crescer em mim o assassino

E me descubro

O único porco obsceno,

Pois eu sei as luzes cansadas

não cansam

a cara dos sem cara.

 

 

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