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Carlos Martins, Ego e alterego

 

A BOA CALDEIRADA DE BACALHAU

 

(Nuno Rebocho)

 

Correndo de Montargil nos rumos de Cabeção, ali onde a estrada desce em curvas, avista-se extensa casa de madeira: é retiro obrigatório para caçadores, pescadores e outros mentirosos. Aconselha-se paragem e aventura por acepipes e bom tinto da região, trazido à mesa em bilha de barro que o refresca e apalada. É o “Manjar do Comandante”. Ali se descobre da melhor caldeirada de bacalhau que se come por terras do Alentejo.

 

Caldeirada de bacalhau: entra no roteiro do que se faz e  se come nas mesas alentejanas. É próprio. Bem tomatado. E sem “mistérios”. Sobre refogado, o caldo (de água, mas também pode ser vinho) a cozer com camadas de batata, cebola e alho, tomate, bacalhau partido, batata, cebola e alho, tomate, e assim sucessivamente até que se queira. Tempera-se com sal, louro, pimenta, orégão e poejo. No fim, já na cozedura, um trago de vinagre.

 

O requinte do vinho e do toucinho, que já provei, não é obrigatório e vai mais a gosto dos aventurosos. Na minha opinião, não aquenta nem arrefenta. Quem quiser que o prove. E aprove.

 

 

 

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